O Movimento "Parcelo Sim!" Atinge Um Milhão de Assinaturas
O movimento "Parcelo Sim!", criado há dois meses para defender a modalidade do parcelamento sem juros do cartão de crédito, alcançou um milhão de assinaturas nesta segunda-feira (29). Mais de 20 associações ligadas aos setores de comércio, empreendedorismo, e defesa do consumidor são apoiadoras do projeto.
O Que é o Movimento "Parcelo Sim!"?
O "Parcelo Sim!" reúne 24 entidades que se uniram com o objetivo de defender a modalidade do parcelamento sem juros do cartão de crédito. A motivação para a criação desse movimento foi a intenção de grandes bancos em limitar o número de parcelas sem juros, argumentando que essa modalidade leva à inadimplência dos consumidores.
Entretanto, as associações envolvidas no "Parcelo Sim!" afirmam que a população não está disposta a abrir mão da possibilidade de fazer compras parceladas sem juros. Paulo Solmucci Júnior, presidente da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), afirma que a marca de um milhão de assinaturas e a manutenção da modalidade são conquistas dos brasileiros.
O movimento destaca que o parcelamento sem juros é a forma preferida dos brasileiros para comprar e vender. Essa conclusão foi alcançada através de estudos técnicos, avaliação no Congresso, pesquisas com os consumidores e intenso debate público.
O "Parcelo Sim!" acredita que a existência dessa modalidade é uma questão de "justiça financeira". Limitar o parcelamento sem juros estagnaria a retomada econômica do país e prejudicaria o consumo das famílias, especialmente das classes mais baixas. Essa forma de pagamento auxilia o consumidor em momentos de gastos inesperados, como reparos causados por enchentes, roubos de celulares (que são instrumentos de trabalho) e consertos de equipamentos.
A Importância do Parcelamento sem Juros
Henrique Lian, presidente de Relações Institucionais e Mídia da Proteste, destaca que o parcelamento sem juros também é fundamental para os empreendedores. Ele ressalta que não faria sentido alterar as regras apenas para agradar aos grandes bancos, pois é necessário pensar nos milhões de brasileiros que dependem do cartão de crédito para a gestão financeira de seus negócios. O parcelamento sem juros é vantajoso tanto para quem compra quanto para quem vende.
A Discussão sobre a Limitação do Parcelamento
Representantes dos grandes bancos chegaram a sugerir limitar o parcelamento sem juros em nove, seis ou até mesmo três vezes. Essa discussão gerou um embate entre os bancos e as associações e entidades que representam diferentes setores da economia.
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, propôs a limitação do parcelamento no ano passado. Esse debate ocorreu no âmbito do Desenrola, onde o Projeto de Lei estabelecia um prazo de 90 dias para que as instituições financeiras propusessem um novo modelo para a modalidade de crédito rotativo com juros mais altos do mercado. Caso não houvesse uma proposta, o teto de 100% da dívida passaria a ser válido.
A limitação foi defendida pelos grandes bancos, mas a proposta não avançou. Desde janeiro deste ano, passou a valer a nova regra do teto de 100% para o crédito rotativo.
Conclusão
O movimento "Parcelo Sim!" alcançou um milhão de assinaturas em apenas dois meses, demonstrando a importância do parcelamento sem juros do cartão de crédito para a população brasileira. O movimento destaca que essa modalidade é fundamental para impulsionar a retomada econômica do país e auxiliar as famílias em momentos de gastos inesperados. Além disso, o parcelamento sem juros é essencial para a gestão financeira dos empreendedores.
As entidades apoiadoras do "Parcelo Sim!" são fundamentais na defesa dessa modalidade e continuarão lutando para garantir que os consumidores tenham o direito de fazer compras parceladas sem juros.
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