O delegado classifica a agressão a um menino de 8 anos como desproporcional
O delegado Gustavo Castro, da 52ª DP (Nova Iguaçu), classificou como desproporcional a agressão de um vizinho a um menino de 8 anos em um condomínio em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. A ação aconteceu no último sábado (20) e foi registrada por uma câmera.
Cenas de violência registradas
As imagens registradas mostram a vítima andando de patinete nas áreas comuns do condomínio quando o homem, de 71 anos, se aproxima. O menino está claramente assustado. O homem pega o garoto pelo braço e desfere três tapas. O garoto cai no chão.
Em seguida, o agressor levanta o menino pelo braço e obriga a criança a pegar o patinete. A sessão de violência continua pela rua, com mais tapas na cabeça. O homem ainda chacoalha o menor.
Família relata o ocorrido
Segundo a família, o idoso, marido da síndica, ficou irritado porque Pietro estava brincando de patinete. A avó do menino registrou um boletim de ocorrência na 52ª DP (Nova Iguaçu) e relatou os detalhes da agressão.
?O Pietro pegou o patinete e começou a brincar na rua aqui em frente à minha casa. Um grupo estava bebendo do outro lado da rua, e o marido da síndica virou para ele e falou que ele não iria descer de patinete, que não queria fazer barulho?, narrou a avó.
?Pietro pegou o patinete e falou: ?Eu vou descer porque a rua é pública?. E começou a brincar. Desceu. Quando ele estava chegando próximo à portaria, esse senhor veio correndo e começou a bater muito nele?, afirmou.
Consequências emocionais na criança
A avó relatou que desde a agressão, seu neto está com dificuldades para dormir. O garoto apresentou comportamentos anormais, como urinar na cama, o que não acontecia há anos.
"Foi na noite de sábado para domingo, ele não dormiu direito. Inclusive ele fez xixi na cama, coisa que ele não faz há anos. E de domingo para segunda-feira, que foi essa noite, ele perguntou pra mim assim: 'Mãe, por que que ele não sai da minha cabeça?' Não existe nada no mundo que justifique uma criança ser agredida de tal forma. Aliás, uma pessoa ser agredida daquela forma. Ainda mais uma criança, indefesa."
Posicionamento dos envolvidos
O Encontro com Patrícia Poeta conversou com a síndica, mulher do agressor. Ela admitiu que o marido ?perdeu a cabeça? ao agredir a criança, mas disse também que pretende denunciar a avó da criança por abandono, alegando que o menino fica sozinho e perambulando pela rua o dia todo.
Investigação policial em andamento
A polícia está ouvindo as testemunhas e analisando as imagens das câmeras de segurança para esclarecer os fatos. O menino será levado para fazer um exame de corpo de delito, e o agressor será intimado a depor.
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