O vandalismo contra o baobá na Unicamp e a importância da preservação cultural
A reitoria da Unicamp anunciou medidas após a destruição de um baobá plantado em 2019 na Praça da Paz, no campus de Campinas (SP). A árvore, símbolo da cultura africana, foi plantada durante a feira chamada Unicamp Afro e já havia sido alvo de vandalismo anteriormente. A administração da universidade afirmou que vai investigar o caso e instalar câmeras para garantir a segurança do local.
O baobá é uma árvore emblemática, comumente encontrada na África e em algumas regiões da Austrália e Madagáscar. Ela pode resistir a períodos de seca e tem uma longa vida útil, podendo chegar até a milhares de anos. Além disso, é conhecida por seu tronco largo e sua copa frondosa. Na cultura africana, o baobá é visto como um símbolo de força, resiliência e sabedoria ancestral.
Ao ser plantado na Praça da Paz, a árvore se tornou um importante marco para a comunidade negra e para a valorização da cultura africana dentro da universidade. Contudo, não foi a primeira vez que o baobá sofreu vandalismo. Em ocasiões anteriores, o movimento negro da Unicamp realizou os devidos reparos na árvore, garantindo a sua sobrevivência.
Infelizmente, desta vez, não ocorreu o mesmo. A árvore foi completamente destruída, causando indignação e revolta na comunidade acadêmica. O ato irresponsável de vandalismo não só danificou um importante símbolo cultural, mas também desrespeitou a história e a luta dos negros no campus universitário.
A reitoria da Unicamp se pronunciou, por meio de uma nota, informando que tomará todas as medidas necessárias para descobrir a identidade dos responsáveis pelo ato de vandalismo. Além disso, a administração garantiu que uma nova árvore será plantada no local e estará cercada de segurança e cuidados adequados, como forma de preservar a memória e a resistência da comunidade negra na universidade.
A destruição do baobá na Unicamp serve como um alerta para a importância da preservação da cultura africana e dos seus símbolos. A história e a identidade de um povo são construídas por meio de suas tradições, manifestações culturais e lutas sociais. Destruir um símbolo tão significativo representa uma negação da diversidade e um ato de intolerância.
A sociedade brasileira precisa reconhecer a importância da preservação cultural e trabalhar para eliminar atos de vandalismo como esse. A valorização das raízes africanas é fundamental para uma sociedade mais justa e igualitária, que respeite e valorize a diversidade presente em nosso país.
Além disso, é essencial que medidas de segurança sejam adotadas em locais de relevância cultural, como a Praça da Paz da Unicamp. A instalação de câmeras e a vigilância constante são fundamentais para evitar novos atos de vandalismo e proteger os símbolos culturais presentes em nosso país.
Por fim, é importante destacar que a comunidade negra não pode ser silenciada diante desses atos de violência e falta de respeito. É fundamental que a universidade, a sociedade em geral e os movimentos sociais se unam para combater o racismo e promover a valorização e o respeito pela cultura africana.
A destruição do baobá na Unicamp é um episódio triste e lamentável, mas também serve como um chamado à ação. É necessário que todos se conscientizem sobre a importância da preservação cultural e trabalhem juntos para impedir a destruição de nossos símbolos e patrimônios históricos.
Somente assim poderemos construir uma sociedade mais inclusiva e respeitosa, que valorize e celebre a diversidade cultural presente em nosso país.
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