Commodities agrícolas: Soja, Trigo e Milho têm movimentos distintos na Bolsa de Chicago
As commodities agrícolas, com destaque para soja, trigo e milho, encerraram esta segunda-feira (18) com movimentos distintos na Bolsa de Chicago (CBOT). De acordo com Rafael Silveira, analista da Safras & Mercado, o movimento de alta, apesar de leve, pode ser explicado pelo aumento das taxações para as exportações na Argentina, assim como as preocupações com o clima seco em grande parte do Brasil, em especial no Centro e Norte do Brasil.
Hoje, a Argentina sinalizou que deve elevar o imposto sobre as exportações de óleo e farelo de soja para 33%. Já a CBOT para o trigo encerrou com preços acentuadamente mais baixos, com o mercado pressionado por um movimento de realização de lucros e pela previsão de chuvas em partes produtoras dos Estados Unidos.
Por fim, o milho acompanhou o movimento do trigo, mas com menor intensidade, e também recuou em Chicago. Além disso, os dados de exportação dos Estados Unidos vieram abaixo de 1 milhão de toneladas, de acordo com Allan Maia, o que favoreceu a queda para o milho.
Soja na Bolsa de Chicago
A soja encerrou o dia com alta de 0,85%, fechando a US$ 13,27 por bushel. A expectativa é que as taxações sobre a exportação de óleo e farelo de soja na Argentina possam afetar a oferta global e aumentar a demanda pelos produtos norte-americanos. Além disso, a preocupação com a seca no Brasil também contribuiu para a valorização da soja.
Trigo na Bolsa de Chicago
O trigo fechou com preços acentuadamente mais baixos, apresentando queda de 1,94% e encerrando o dia a US$ 6,17 por bushel. Esse resultado é atribuído principalmente ao movimento de realização de lucros, após os preços terem atingido máximas em seis anos. Além disso, a previsão de chuvas em partes produtoras dos Estados Unidos também pressionou o mercado.
Milho na Bolsa de Chicago
O milho acompanhou o movimento do trigo, porém com menor intensidade, e também apresentou queda em Chicago. O preço recuou 1,24%, fechando o dia a US$ 4,77 por bushel. Os dados de exportação dos Estados Unidos abaixo de 1 milhão de toneladas favoreceram a queda para o milho, que também enfrenta preocupações com a demanda devido às incertezas relacionadas à pandemia.
No geral, as commodities agrícolas apresentaram movimentos distintos na Bolsa de Chicago, refletindo a influência de fatores como taxações nas exportações, condições climáticas e demanda internacional. Os próximos dias serão acompanhados de perto pelos investidores, considerando as perspectivas de mudanças nos mercados e as estratégias de comercialização dos produtos agrícolas.
Redes sociais