PCC: célula que planeja atentados tinha explosivos para detonar rocha

São Paulo: PCC Planejava Ataques Contra Autoridades Brasileiras com Explosivos

Descoberta de arsenal de explosivos durante investigação revela plano de atentado contra autoridades

A célula do Primeiro Comando da Capital (PCC) responsável por planejar ataques contra autoridades no Brasil foi descoberta pela Polícia Federal (PF) em julho deste ano. Durante uma busca em uma casa alugada por membros da facção em Curitiba (PR), foram encontrados explosivos utilizados para detonar rochas. Esses artefatos foram apreendidos antes que fossem utilizados em um ataque planejado contra o senador Sergio Moro, da União-PR, durante o segundo turno das eleições de 2022. A investigação mostra que Janeferson Aparecido Mariano Gomes, também conhecido como Nefo, tinha um papel de destaque nesse plano, atuando como coordenador.

Os perigos do plano de ataque

De acordo com o relatório de inteligência do Ministério Público de São Paulo (MPSP), além do senador Sergio Moro, a família de Moro e o promotor Lincoln Gakiya, que vem investigando o PCC por quase duas décadas, também eram alvos do PCC. Os explosivos encontrados foram enterrados no quintal da casa alugada em Curitiba e incluíam 26 rompedores de rocha de tamanhos variados, 31 iniciadores elétricos e uma maleta de acionamento eletrônico para os explosivos.

O PCC não tinha somente o senador Moro como alvo. Recentemente, foi descoberto que a mesma célula do PCC também investigou os endereços do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), com o objetivo de realizar uma "missão" em Brasília. Esses planos ainda estão sob investigação.

A origem e as conexões da célula do PCC

A célula do PCC responsável por planejar esses ataques é conhecida como "Sintonia Restrita". Além de planejar o atentado contra o senador Moro, essa célula também recebeu treinamento da guerrilha paraguaia Exército do Povo Paraguaio (EPP). Autodeclarados marxistas-leninistas, os membros desse grupo têm como histórico a prática de crimes graves, como assassinatos de policiais, sequestros e atentados contra autoridades no Paraguai.

Medidas de segurança e resposta às ameaças

Diante dessa grave ameaça à segurança das autoridades brasileiras, é essencial que sejam tomadas medidas de precaução e resposta adequadas. O governo federal, em conjunto com as agências de segurança, deve fortalecer o monitoramento e a inteligência sobre organizações criminosas como o PCC, assim como buscar cooperação com outros países para enfrentar o problema.

Além disso, é fundamental investir no aprimoramento dos mecanismos de controle de fronteira, uma vez que a célula do PCC demonstrou conexões com grupos criminosos internacionais, como a guerrilha paraguaia EPP. Ações conjuntas e articuladas entre as polícias federal, estaduais e municipais também são necessárias para desmantelar essas células criminosas e impedir que planos de ataques se concretizem.

Conclusão

A descoberta do plano de ataque do PCC contra autoridades brasileiras é extremamente preocupante. O uso de explosivos revela uma escalada na violenta criminalidade em São Paulo. É crucial que as autoridades tomem medidas imediatas para garantir a segurança das pessoas ameaçadas e, ao mesmo tempo, fortalecer a prevenção e a repressão ao crime organizado. Somente por meio de uma resposta enérgica e coordenada será possível enfrentar efetivamente as organizações criminosas e proteger a sociedade.