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Após dois anos da morte da jovem influencer Yasmin Macêdo, família pede agilidade no caso

No final de 2021, a estudante de medicina veterinária Yasmin Macêdo faleceu durante um passeio de barco em Belém. O corpo da jovem foi encontrado no rio Maguari, a 11 metros de profundidade, após seu desaparecimento na noite de 12 de dezembro e o ocorrido tem gerado muita comoção. A família de Yasmin vem pedindo agilidade no caso, enquanto o Ministério Público do Estado prevê que o julgamento vá a júri popular somente em 2024.

Irregularidades e acusações no caso

O passeio de barco em que Yasmin estava se mostrou repleto de irregularidades. Segundo relatos, não havia coletes salva-vidas a bordo e o piloto, identificado como Lucas Magalhães, estava ingerindo bebidas alcoólicas mesmo não possuindo permissão para pilotar a lancha. Além disso, a capacidade máxima da embarcação também foi ultrapassada.

Lucas Magalhães, responsável pela lancha e piloto no momento do acidente, foi preso em novembro de 2022. Após alguns meses detido, obteve o direito de aguardar o processo em liberdade. Ele é acusado pelos crimes de homicídio por dolo eventual, fraude processual, posse ilegal e disparo de arma de fogo. A defesa de Lucas alega que o caso está em fase de recursos e que ainda existem teses defensivas pendentes de análise pelos Tribunais Superiores.

Análise da defesa e acusações de fraude processual

Membros da família de Yasmin afirmam que a defesa de Lucas está tentando atrasar o processo, evitando assim que ele seja julgado. Para a família, é importante que a verdade seja revelada e que o acusado seja levado a júri popular.

Além disso, o acusado também responde pelo crime de fraude processual, pois teria tentado modificar a lancha após a morte de Yasmin. Durante as investigações, a polícia constatou que Lucas Magalhães efetuou disparos de arma de fogo dentro da embarcação, o que torna o caso ainda mais grave.

Demora nas investigações e contradições nos depoimentos

O caso de Yasmin Macêdo tem sido marcado por uma série de contradições nos depoimentos das testemunhas. Durante as investigações, mais de 50 pessoas foram ouvidas pela Divisão de Homicídios, mas as declarações apresentaram incompatibilidades.

Eliene Fontes, mãe de Yasmin, apontou que as versões fornecidas pelos presentes no passeio eram contraditórias. Essas contradições levaram a um atraso nas investigações policiais, que foram prorrogadas pelas autoridades para que todas as informações fossem devidamente analisadas.

Armas de fogo e suposto relacionamento amoroso

De acordo com as investigações, pelo menos três armas de fogo estavam a bordo da lancha durante o passeio. Os tiros foram disparados dentro da embarcação, sendo que dois deles foram efetuados pela arma pertencente a Euler Cunha, médico legista que estava presente no momento da tragédia.

A mãe de Yasmin mencionou a existência de um suposto relacionamento amoroso entre a jovem e Lucas Magalhães, dono da lancha. Por outro lado, Lucas afirmou que conhecia Yasmin há apenas seis meses e negou qualquer envolvimento amoroso com ela.

Conclusão

Dois anos após a morte de Yasmin Macêdo, a família ainda aguarda por justiça. A lentidão do processo e os recursos apresentados pela defesa têm gerado angústia e sofrimento para os pais da influencer. A espera por um julgamento justo e a revelação da verdade são essenciais para que eles possam encontrar um pouco de paz e fechar o luto de forma digna.

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