O solo na região onde está localizada a mina da Braskem, em Maceió, afundou 10,8 centímetros nas últimas 24 horas
A região da mina da Braskem, em Maceió, tem enfrentado um sério problema de afundamento do solo, o que tem gerado grande preocupação entre a população e as autoridades locais. Nos últimos dias, o solo afundou 10,8 centímetros, aumentando o risco de colapso na área. Esse deslocamento é o resultado da extração de sal-gema pela Braskem para a produção de soda cáustica e PVC.
O que aconteceu
De acordo com um boletim divulgado pela Defesa Civil, o solo na área da mina da Braskem em Maceió está afundando a uma velocidade de 0,7 centímetros por hora. Desde o dia 29 de novembro deste ano, já houve um afundamento de 1,69 metro. O alerta máximo permanece devido ao risco iminente do colapso da mina.
No momento mais crítico, a velocidade de afundamento chegou a 5 centímetros por hora, o que levou o prefeito de Maceió, João Henrique Caldas, a declarar a situação como extremamente perigosa. A população foi orientada a não transitar na área desocupada até uma nova atualização da Defesa Civil, onde serão aplicadas medidas de controle e monitoramento para reduzir o perigo.
Para manter a população informada sobre as condições da mina, a Prefeitura de Maceió criou um canal no WhatsApp. Os moradores podem receber atualizações através do número (82) 99949-9612. Essa ação é uma tentativa de manter todos cientes dos acontecimentos e garantir a segurança da população local.
Entenda o caso
A Braskem, empresa responsável pela mina em Maceió, nunca assumiu oficialmente a responsabilidade pelo afundamento de cinco bairros na região. Esse afundamento resultou na desocupação forçada de mais de 15 mil imóveis e no deslocamento de cerca de 60 mil moradores de suas casas.
Um acordo assinado em 2019, entre representantes da Defensoria Pública Estadual e Federal, da Procuradoria-Geral de Justiça e do Ministério Público Estadual de Alagoas, não reconhece a responsabilidade da Braskem pelo desastre. Isso gera uma grande insatisfação entre a população afetada, pois a empresa se recusa a assumir os danos causados.
O afundamento do solo na região foi causado pelo deslocamento do subsolo resultante da extração de sal-gema. Esse mineral é composto por cloreto de sódio e é utilizado pela Braskem na produção de soda cáustica e PVC.
As autoridades públicas e a própria Braskem já desocuparam o entorno da mina como medida de segurança, mas a situação continua instável e o risco de colapso persiste. A capital alagoana decretou estado de emergência devido ao maior desastre ambiental da região.
Para auxiliar no enfrentamento dessa crise, o presidente em exercício, Geraldo Alckmin, concedeu à prefeitura de Maceió um empréstimo de US$ 40 milhões. Os recursos serão utilizados para auxiliar o município a responder aos impactos desse desastre ambiental.
Conclusão
O afundamento do solo na região da mina da Braskem em Maceió é um sério problema que representa riscos iminentes para a população local. A empresa responsável nega a responsabilidade pelos danos causados, o que tem gerado insatisfação e preocupação entre os moradores afetados.
As autoridades têm buscado medidas de controle e monitoramento para minimizar os riscos, mas a situação ainda é preocupante. A população local deve seguir as orientações da Defesa Civil e evitar transitar na área desocupada até novas atualizações.
Espera-se que a divulgação constante de informações e a destinação de recursos para a recuperação da região possam amenizar os impactos causados por esse desastre ambiental.
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