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Brennand admite estupro em áudio: 'Fiz à força e você dizendo não'

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Confissão de Thiago Brennand: Mulher que o acusa de estupro grava conversa com empresário

Uma das mulheres que acusam Thiago Brennand de estupro gravou uma conversa com a confissão do empresário, em setembro de 2021. "Eu fiz à força e com raiva, não fiz?", Brennand perguntou à mulher. "Fez", ela respondeu. Réu em diversos processos, em casos de estupro e agressão, Brennand está detido no CDP (Centro de Detenção Provisória) de Pinheiros, em São Paulo. Ele aguarda sentença sobre este caso e já foi condenado em outro caso de estupro e um de agressão.

O Prime teve acesso a áudios inéditos de um dos processos mais completos contra o empresário, com mais de 2.000 páginas. Trata-se do caso K.*, narrado pela primeira vez com detalhes no podcast "Brennand", do Prime.

A confissão de Brennand foi registrada durante uma conversa telefônica com K., uma produtora pernambucana radicada nos EUA, que conheceu o empresário pelo Instagram e viajou para encontrá-lo pessoalmente. Durante a conversa, Brennand admite ter agredido e feito sexo anal com K. à força, mesmo ela dizendo "não".

De acordo com o artigo 213 do Código Penal, estupro é "constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso". Portanto, a partir do momento em que a vítima manifesta o não consentimento, qualquer ato forçado pode ser caracterizado como estupro.

Detalhes da gravinação e confissão

No áudio gravado por K., Brennand pergunta se a ameaçou ou apontou uma arma para ela durante o ato. K. responde negativamente para ambas as perguntas. Em seguida, Brennand assume que fez à força e com raiva, deixando claro que cometeu o crime de estupro.

Além do estupro, K. também acusa Brennand de tê-la agredido física e verbalmente. Durante a conversa gravada, ele a xinga de "vagabunda", "puta" e "psicopata".

Ao longo do diálogo, Brennand tenta minimizar seus atos, afirmando que K. confunde a dor resultante do sexo anal com a não consensualidade do ato. Porém, o próprio empresário admite ter provocado dor a ela ao insistir em continuar mesmo com seus pedidos para parar.

Tentativa de coerção e ameaças

Após a agressão, Brennand tenta convencer K. a negar o ocorrido, chegando a ameaçá-la e a pressioná-la emocionalmente. Ele ameaça expô-la publicamente caso ela não mude sua versão dos fatos.

Nesse momento, K. relata ter sido manipulada por Brennand para ir até a delegacia e desmentir o boletim de ocorrência feito por seu irmão. Ela acaba cedendo às pressões, mas posteriormente decide retratar-se, o que leva ao reabertura do caso pelas autoridades.

O processo e as acusações

K. relata que foi estuprada várias vezes por Brennand e mantida em cárcere privado em sua casa em Porto Feliz. Além disso, ele teria obrigado a tatuar sua marca na altura da costela. Durante sua prisão ilegal, K. conseguiu pedir ajuda a seu irmão e fez um boletim de ocorrência relatando o ocorrido.

A polícia foi até a mansão de Brennand, mas ele e K. já haviam saído do local. Por meio de um contato dentro da polícia, ele providenciou uma passagem para que K. voltasse ao Recife.

No Recife, K. foi pressionada por Brennand a negar as acusações e acabou indo à delegacia para desmentir seu próprio depoimento anterior. Brennand fretou um jato e foi até a cidade para garantir que ela desmentisse o caso.

Após a agressão cometida por Brennand em uma academia em São Paulo em agosto de 2022, várias outras acusações surgiram contra ele. O Ministério Público decidiu reabrir o caso de K. com as novas provas apresentadas.

Considerações finais

A gravação da confissão de Thiago Brennand, em que ele admite ter cometido o estupro, configura um forte indício de sua culpa nos crimes pelos quais é acusado. A voz de K. gravada no áudio também corrobora seu testemunho e a violência que ela sofreu.

É importante destacar que a violência sexual e a coerção são crimes graves e inaceitáveis. É fundamental que as vítimas sejam encorajadas a denunciar seus agressores e que a justiça seja feita. A luta contra a impunidade e a proteção das vítimas são essenciais para promover uma sociedade mais justa e igualitária.

Esperamos que esse caso traga à tona a discussão sobre a importância do consentimento e o combate à cultura de estupro, estimulando a conscientização e a prevenção desses crimes.

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