A Polícia Civil prendeu Amanda Partata por suspeita de duplo homicídio por envenenamento em Goiânia
No dia 20 de janeiro, a Polícia Civil de Goiânia realizou a prisão de Amanda Partata devido à suspeita de ter matado Leonardo Pereira Alves, seu ex-sogro, e a mãe dele, Luzia Alves. As vítimas foram envenenadas, e o caso inicialmente foi tratado como uma possível intoxicação alimentar causada por um bolo vendido em uma doceria local. No entanto, essa versão logo foi descartada.
O delegado Carlos Alfama, responsável pelo caso, classificou a situação como sendo de grande complexidade e envolvendo um grau de psicopatia. Segundo ele, há detalhes relevantes a serem apurados, incluindo outros crimes relacionados à investigada. O delegado ressaltou que o caso se trata de um duplo homicídio por envenenamento.
A defesa de Amanda Partata não foi localizada para se manifestar sobre o caso.
O perfil da suspeita e as investigações
Amanda é advogada e nas redes sociais também se apresenta como psicóloga. No entanto, o Conselho Regional de Psicologia de Goiás (CRP-GO) informou que ela não possui registro profissional ativo no órgão.
Após a sua prisão, Amanda foi questionada por jornalistas sobre o crime e repetidamente afirmou: "Eu não fiz isso". Além disso, ela também mencionou estar grávida.
A investigação teve início no dia 18 de janeiro, após a morte de Leonardo. Sua esposa relatou em boletim de ocorrência que a ex-nora havia comprado um doce para um café da manhã em família. Leonardo, Luzia e a esposa comeram o bolo na manhã do domingo seguinte.
Cerca de três horas após consumirem o doce, Leonardo e Luzia começaram a sentir dores abdominais, vômitos e diarreia. Mãe e filho foram levados ao Hospital Santa Bárbara, em Goiânia, mas infelizmente não resistiram e faleceram no mesmo dia.
Luzia chegou a ser internada na Unidade de Terapia Intensiva, mas seu quadro clínico já estava bastante agravado. A ex-nora, que havia comido uma porção menor da sobremesa, também começou a apresentar os mesmos sintomas durante sua viagem para Itumbiara e retornou à capital.
Inicialmente, a família acreditava que o bolo teria sido responsável pelas mortes devido a uma possível contaminação, o que levou à exigência de investigação. A polícia e órgãos de fiscalização, incluindo o Procon Goiás, realizaram visitas às unidades da empresa responsável pelos doces em busca de irregularidades e evidências de contaminação.
O Procon Goiás informou em nota que não foram encontradas irregularidades nos produtos fiscalizados, como informações incorretas nas embalagens, datas de fabricação e validade inadequadas, além de inadequações na acomodação e refrigeração dos doces.
O sofrimento da família e repercussão do caso
O caso ganhou grande repercussão em todo o estado de Goiás após a filha de Leonardo, Maria Paula Alves, utilizar as redes sociais para falar sobre a morte do pai. A médica descreveu Leonardo como uma pessoa saudável e extraordinária.
Maria Paula afirmou: "Papai era uma pessoa de 58 anos que não tinha 1 fio de cabelo branco na cuca e que acordou no dia 17 de dezembro completamente bem. Os motivos, a surpresa, a angústia, o desentendimento e a dúvida não terão espaço neste texto. O texto é sobre o senhor ter sido - e ainda ser - o maior exemplo de homem/pai que eu encontrei".
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