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A Polícia Federal deflagra a segunda fase da Operação Yoasi para investigar lavagem de recursos desviados de medicamentos destinados ao povo Yanomami

No dia 4 de janeiro de 2023, a Polícia Federal (PF) deflagrou a segunda fase da Operação Yoasi, em Boa Vista, com o objetivo de investigar suspeitos de lavar recursos que seriam oriundos do desvio de medicamentos destinados ao povo Yanomami. Essa operação é um desdobramento da Operação Hipóxia, que foi deflagrada no início de setembro de 2022.

Investigações e mandados de busca e apreensão

Os mandados de busca e apreensão foram expedidos pela 4ª Vara da Justiça Federal em Roraima, com base em evidências coletadas durante as investigações. Essas evidências mostraram que diversas pessoas suspeitas estiveram envolvidas nos crimes que estão sendo investigados.

Segundo as informações obtidas até o momento, os suspeitos teriam desviado grandes quantias de dinheiro a partir do esquema de desvio de medicamentos destinados aos Yanomami. Para tentar esconder a ilicitude dos recursos, eles teriam investido essas quantias em empresas suspeitas, buscando criar uma aparência de legalidade.

Ao todo, estão sendo cumpridos 4 mandados de busca e apreensão em Boa Vista, com o intuito de coletar provas que possam subsidiar as investigações em andamento.

Operação Hipóxia e repasse de recursos

A Operação Hipóxia, que foi deflagrada no início de setembro de 2022, teve como foco o superfaturamento de oxigênio destinado aos Yanomami. Durante essa operação, foi constatado que um dos investigados, que acabou preso, teria repassado R$ 4 milhões de reais para a empresa agora investigada na Operação Yoasi.

Essa conexão entre as duas operações demonstra que o esquema de desvio de recursos destinados aos Yanomami envolvia uma rede de pessoas e empresas suspeitas, buscando lucrar ilegalmente com a saúde e o bem-estar dessa população indígena.

A primeira fase da Operação Yoasi

A primeira fase da Operação Yoasi foi deflagrada em novembro de 2022 e teve como objetivo investigar um suposto esquema que teria deixado mais de 10.000 crianças Yanomami desassistidas. Durante as investigações, foi constatado que apenas 30% dos medicamentos adquiridos pelo Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami (Dsei-Y) foram efetivamente entregues aos indígenas, evidenciando um sério problema de desvio de recursos e negligência no atendimento da saúde dessas crianças.

Pistas e desafios para a investigação

As investigações estão em andamento e os agentes da Polícia Federal buscam reunir provas que possam demonstrar a ligação entre os suspeitos e as empresas utilizadas para lavar o dinheiro desviado. Um dos principais desafios para a investigação é rastrear o destino final desses recursos desviados e identificar todos os envolvidos no esquema criminoso.

Além disso, garantir a proteção dos direitos dos Yanomami é outra preocupação fundamental dessa investigação. É essencial que a justiça seja feita e que essas comunidades indígenas sejam devidamente amparadas e protegidas.

Conclusão

A segunda fase da Operação Yoasi, deflagrada pela Polícia Federal, representa mais um passo importante na investigação dos crimes de desvio de medicamentos destinados aos Yanomami. Os mandados de busca e apreensão cumpridos em Boa Vista visam coletar provas que possam esclarecer os envolvidos nesse esquema e trazer à tona a verdade dos fatos.

É imprescindível que casos como esse sejam investigados a fundo, punindo os responsáveis e evitando que práticas criminosas continuem prejudicando comunidades vulneráveis como os Yanomami. A proteção dos direitos indígenas deve ser prioritária, e a justiça precisa ser feita.

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