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Oficial da Marinha acusado de matar a facadas os pais do ex-namorado vai a júri popular

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O oficial da Marinha, Cristiano da Silva Lacerda, acusado de matar os pais do seu ex-namorado, vai a júri popular

O oficial da Marinha, Cristiano da Silva Lacerda, está sendo acusado de matar os pais do seu ex-namorado no ano passado e agora vai a julgamento popular. O militar responde por homicídio triplamente qualificado e a decisão de levá-lo a júri popular foi tomada pelo juiz Alexandre Abrahao, do 3º Tribunal do Júri do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

No dia 25 de junho de 2022, durante a madrugada, Cristiano matou a facadas o casal de idosos Geraldo Coelho, de 73 anos, e Osélia Coelho, de 72 anos, em sua casa no Jardim Botânico, Zona Sul do Rio de Janeiro. Segundo a denúncia do Ministério Público, o oficial da Marinha matou as vítimas de forma cruel, utilizando um "elevado número" de facadas. O casal foi surpreendido enquanto estava deitado em um sofá-cama, sem ter qualquer chance de defesa.

De acordo com o processo, o crime foi motivado por vingança, uma vez que o acusado não aceitou o término do relacionamento amoroso que mantinha com o filho das vítimas. O juiz explica que Cristiano quis causar um intenso sofrimento ao filho das vítimas, ambos idosos, ao assassiná-los. O oficial da Marinha foi preso em flagrante e continua detido em prisão preventiva. A decisão do juiz de enviar o acusado a júri popular se baseia no fato de que ele ainda nutre um intenso desejo de impor sofrimento e punição ao seu ex-namorado.

No decorrer do processo, em uma das audiências, o filho das vítimas, Felipe da Silva Coelho, solicitou prestar depoimento sem a presença de Cristiano. O juiz considerou que Felipe precisava de paz e segurança para narrar os fatos com imparcialidade durante a sessão plenária.

O julgamento de Cristiano ainda não tem data marcada. A Justiça considera três situações como qualificadoras para o crime praticado pelo oficial da Marinha: motivo torpe, meio cruel e dificuldade de defesa. A suposta insatisfação do acusado com o fim do relacionamento amoroso com o filho das vítimas e o suposto desejo de causar sofrimento são considerados como um motivo torpe. Os múltiplos golpes de faca contra as vítimas que levaram a um alto grau de sofrimento aos idosos caracterizam um meio cruel. Além disso, as vítimas foram atacadas de surpresa, quando já estavam deitadas para dormir, dificultando sua defesa.

O portal tentou entrar em contato com a defesa de Cristiano, mas não obteve resposta até o momento. O advogado Ricardo Sidi, representante do filho das vítimas, afirmou estar satisfeito com o resultado obtido até agora, incluindo a manutenção da prisão do réu, o bloqueio de seu patrimônio e o acolhimento de todas as qualificadoras do crime.

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