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Na presidência do G20, Brasil pode destravar questões fundamentais e definir agenda, diz Haddad

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O papel do Brasil na presidência do G20: Prioridades e desafios financeiros

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ressaltou a importância do Brasil assumir a presidência do G20 e destacou as prioridades do país na trilha financeira durante o evento de instalação da comissão nacional do G20. Haddad enfatizou que o G20 é um fórum político de grande impacto no mundo, capaz de desbloquear questões fundamentais para o Brasil e para o avanço em outros fóruns internacionais, como a ONU, o FMI, o Banco Mundial e a OMC.

Por que a presidência do G20 é relevante para o Brasil?

Com a crise do multilateralismo, o ministro destacou que o G20 possui grande influência política global. Assumir a presidência do G20 é uma oportunidade única para o Brasil definir uma agenda global alinhada com os interesses do país e do mundo. O presidente Lula da Silva já havia listado algumas prioridades, como inclusão social, combate à fome, transição energética, desenvolvimento sustentável e reforma das instituições de governança global.

O papel do Brasil no G20 também está relacionado à mobilização de recursos internacionais, especialmente a partir dos países do Norte, para promover ações que visem corrigir desigualdades, combater a evasão fiscal e incentivar o desenvolvimento de países mais pobres. É necessário uma nova abordagem de tributação internacional justa, além da criação de mecanismos de compartilhamento de riscos entre o capital público e privado para promover transformações ambientais.

As prioridades financeiras do Brasil na presidência do G20

O ministro Haddad apresentou uma série de itens prioritários que serão trabalhados pela Fazenda e pelo Banco Central durante a presidência do Brasil no G20. Dentre eles, destacam-se:

  • Tributação internacional justa: Buscar uma nova abordagem de tributação internacional que seja mais justa e combata as desigualdades.
  • Correção de desigualdades e evasão fiscal: Identificar e fechar brechas que permitem a evasão fiscal e acentuam as desigualdades.
  • Prevenção de riscos: Coordenar de forma eficaz políticas econômicas e financeiras para prevenir riscos.
  • Desigualdade no centro da agenda macroeconômica: Priorizar a redução da desigualdade na agenda macroeconômica.
  • Reforma de instituições financeiras: Aprofundar a reforma das instituições financeiras para torná-las mais eficientes e equitativas.
  • Fluxo de recursos para países mais pobres: Promover o fluxo de recursos para países em desenvolvimento, especialmente os mais pobres.
  • Solução da dívida externa: Buscar soluções para a dívida externa, especialmente dos países africanos.
  • Compartilhamento de riscos entre capital público e privado: Criar mecanismos apropriados de compartilhamento de riscos entre capital público e privado para impulsionar transformações ambientais.

Desafios e oportunidades para a presidência brasileira no G20

O ministro também ressaltou que a presidência do G20 é uma oportunidade de "colocar a mão na massa" para fazer o motor externo funcionar. No entanto, existem fatores sobre os quais o Brasil não tem controle, como conflitos, guerras, tensões geopolíticas e a crise do multilateralismo.

Diante desses desafios, o Brasil propõe liderar uma reglobalização sustentável, com enfoque nas questões sociais e ambientais. É fundamental repensar o modelo de globalização existente e buscar uma abordagem mais equilibrada e sustentável, promovendo uma maior inclusão social e desenvolvimento ambiental.

Planejamento logístico para o G20 no Brasil

O ministro também mencionou o desafio logístico de organizar o G20 no Brasil em 2024, com centenas de reuniões em todo o país. Essa é uma oportunidade para o Brasil demonstrar sua capacidade de sediar grandes eventos internacionais e fortalecer sua posição como um ator relevante no cenário global.

A presidência do Brasil no G20 representa uma oportunidade única para definir uma agenda global mais alinhada com os interesses do país, principalmente no que diz respeito à inclusão social, desenvolvimento sustentável e correção de desigualdades no sistema financeiro internacional. É fundamental que o Brasil aproveite essa oportunidade para promover mudanças significativas e fortalecer sua posição como um líder global em questões econômicas e financeiras.

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