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Influenciadora da Paraíba registra denuncia contra clínica de bronzeamento por transfobia

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A influenciadora Tchella Brandinny denuncia clínica de bronzeamento por transfobia em Santa Rita

A influenciadora Tchella Brandinny denunciou nesta terça-feira (3) por transfobia uma clínica de bronzeamento no bairro de Tibiri, em Santa Rita, na Grande João Pessoa, após o estabelecimento se recusar a atendê-la por ser uma mulher trans. A Polícia Civil confirmou nesta quarta-feira (4) que está investigando o caso.

De acordo com Tchella, a proprietária da clínica cancelou o atendimento afirmando que não poderia atender homens e transexuais porque "um acordo" feito com o marido não permitiria.

A defesa de Cleverlânia Lucena Cunha, proprietária da BL Bronzeamento, nega a acusação e afirma que ela está à disposição para prestar esclarecimentos.

A denúncia de Tchella Brandinny

Em entrevista à TV Cabo Branco, Tchella Bradinny disse que costuma fazer as sessões de bronzeamento em outros estabelecimentos da cidade e nunca sofreu constrangimentos semelhantes. Ela agendou a primeira sessão na clínica e dois dias depois a empresária entrou em contato por meio do WhatsApp para cancelar o atendimento.

?Na época que eu coloquei esse bronze eu e meu esposo fizemos um acordo, para eu não atender trans, gay ou homem. Assim eu tenho trabalhado até hoje sem atender?, afirmou a empresária em mensagem enviada a Tchella.

Após a mensagem da clínica, a influenciadora explica que ficou chocada e pediu para Cleverlânia tomar cuidado com as palavras. "A questão aqui não é aceitação, não é que ela tinha que fazer ou deixar de fazer, mas é respeito e como tem que ser falado para as pessoas. Porque a gente fala as coisas e tem que sofrer as consequências delas", afirmou.

Em outra mensagem, a clínica diz que não poderia seguir com o atendimento por não ter o treinamento adequado, e por isso poderia "machucar" Tchella.

A influenciadora também gravou um vídeo e denunciou a situação nas redes sociais.

Investigação do caso

A denúncia foi registrada na Delegacia Especializada de Crimes Homofóbicos, Raciais e de Intolerância Religiosa, mas será encaminhada para o município de Santa Rita, onde ocorreu o caso, pois a unidade atende apenas João Pessoa.

Segundo o delegado Marcelo Falcone, o caso será investigado com base na Lei 7716/89, conhecida como Lei do Racismo, com base em uma determinação do Supremo Tribunal Federal que afirma que crimes de homofobia e transfobia devem ser enquadrados na lei.

?Trata-se claramente de um crime de transfobia?, avalia o delegado Marcelo Falcone.

Posicionamento da clínica de bronzeamento

A defesa de Cleverlânia Lucena Cunha afirmou em nota que sua cliente é inocente e que a empresa representada por ela é uma "entidade idônea, comprometida com a excelência e pautada por altos padrões de profissionalismo".

A empresária também afirmou que teve acesso aos elementos da investigação e está à disposição para prestar os esclarecimentos necessários.

Por meio da nota, a defesa também disse que tolerância e respeito são pilares que devem ser cultivados por todos.

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