Caso Janaína Bezerra: acusado de estuprar e matar estudante na UFPI volta ao Tribunal do Júri após duas suspensões

Estudante de mestrado é acusado de estuprar e matar jovem universitária dentro da UFPI

Após duas suspensões, Tribunal do Júri marcou julgamento para esta sexta-feira

No dia 27 de janeiro deste ano, a estudante de jornalismo Janaína Bezerra, de 22 anos, foi brutalmente estuprada e morta dentro de uma sala de estudo do curso de matemática da Universidade Federal do Piauí (UFPI). O principal suspeito do crime é Thiago Mayson, ex-estudante de mestrado da mesma instituição.

O julgamento de Mayson, que estava marcado para o dia 17 de agosto, já tinha sido adiado duas vezes anteriormente. A última suspensão ocorreu no dia 1º de setembro, quando o advogado Ércio Quaresma assumiu a defesa do réu poucos dias antes da data marcada para o julgamento.

Motivo dos adiamentos

De acordo com Ércio Quaresma, a suspensão foi solicitada porque ele não teria condições de participar do julgamento, já que assumiu o caso apenas um dia antes da data marcada e já tinha um compromisso de audiência com outro acusado em outro estado. Essa situação causou indignação e revolta nos amigos e familiares da vítima.

A primeira suspensão do julgamento ocorreu no dia 17 de agosto, devido à ausência de jurados. Segundo a UFPI, o problema foi causado por um erro de encaminhamento na convocação dos servidores que seriam chamados para o Júri Popular.

Pena estimada

A assistência da acusação do julgamento estima uma pena de 70 anos para Thiago Mayson pelos crimes cometidos contra Janaína Bezerra. O réu é acusado de homicídio duplamente qualificado, estupro, vilipêndio de cadáver e fraude processual.

Detalhes do crime

O estupro e assassinato de Janaína Bezerra ocorreram durante uma calourada que acontecia na UFPI. Thiago Mayson alega que convidou a jovem para uma sala do mestrado em matemática e que os dois tiveram uma relação sexual consentida.

No entanto, segundo a investigação, o réu praticou violência sexual contra a estudante após sua morte, chegando a fotografá-la enquanto ela sangrava. O inquérito concluído em nove dias após o crime resultou no indiciamento de Thiago Mayson pelos crimes de homicídio duplamente qualificado, estupro, vilipêndio de cadáver e fraude processual.

O julgamento de Mayson marca uma luta por justiça pelos familiares e amigos da vítima, que esperam que o réu seja condenado pelos crimes cometidos.