Operação integrada cumpre mandados de busca e apreensão e prende suspeitos de destruir pontes e veículo para impedir ação policial na Terra Indígena Ituna Itatá
Introdução
No dia 29 de outubro, uma operação integrada entre órgãos federais e estaduais do Pará foi realizada com o objetivo de combater o desmatamento na Terra Indígena Ituna Itatá e prender os responsáveis por ataques que visavam impedir a ação policial na região. A operação, intitulada "Contragolpe", resultou no cumprimento de 11 mandados de busca e apreensão e na prisão de indivíduos suspeitos de destruir pontes e queimar um veículo. Este artigo discutirá os detalhes dessa operação e seu impacto na luta contra o desmatamento ilegal na região.
Desenvolvimento
Operação Contragolpe
A Operação Contragolpe foi realizada no dia 29 de outubro e contou com a participação de mais de 60 policiais federais e agentes da Polícia Rodoviária Federal, Ibama, Adepará e Força Nacional. O objetivo principal da operação era combater o desmatamento ilegal na Terra Indígena Ituna Itatá, localizada entre os municípios de Altamira e Senador José Porfírio, no sudoeste do Pará.
Ataques e impedimentos à ação policial
No mês de setembro, ocorreram diversos ataques na região com o intuito de impedir a ação policial de combate ao desmatamento. Uma viatura da Agência de Defesa Agropecuária do Pará foi destruída e pelo menos 15 pontes foram queimadas. Além disso, os criminosos colocaram pregos na estrada como forma de emboscada para furar pneus das viaturas e dificultar o acesso da polícia.
Todos esses ataques tinham como objetivo principal impedir a atuação das autoridades no combate ao desmatamento ilegal na área. A destruição da vegetação ocorre para dar espaço a pastos de criação de gado, de forma contrária às leis ambientais. Estima-se que na Terra Indígena Ituna Itatá exista um grupo indígena em isolamento voluntário, denominado "Igarapé Ipiacava".
Restrições de acesso à Terra Indígena Ituna Itatá
Em 2011, portarias foram estabelecidas para restringir o direito de ingresso, locomoção e permanência de pessoas estranhas aos quadros da Funai (Fundação Nacional do Índio) na área. Atualmente, está em vigor a Portaria Funai 529/2022, que prorrogou o prazo de restrição por mais três anos. Essas medidas são importantes para proteger a integridade dos povos indígenas e evitar a invasão de terras e atividades ilegais, como o desmatamento.
Conclusão
A "Operação Contragolpe" realizada na Terra Indígena Ituna Itatá foi um importante passo no combate ao desmatamento ilegal na região. Através do cumprimento de mandados de busca e apreensão e da prisão de suspeitos de destruir pontes e veículo, as autoridades envolvidas na operação conseguiram obter evidências que auxiliarão na investigação e conclusão do inquérito policial.
O combate ao desmatamento ilegal é essencial para a preservação do meio ambiente e a proteção dos povos indígenas que vivem na região. A implementação de restrições de acesso à Terra Indígena Ituna Itatá, como a Portaria Funai 529/2022, demonstra o compromisso do governo em proteger essas áreas e punir os responsáveis por atividades ilegais.
É fundamental que continue havendo investimentos em operações integradas envolvendo órgãos federais e estaduais para combater o desmatamento ilegal e garantir a proteção das terras indígenas. Somente dessa forma será possível preservar a biodiversidade, mitigar as mudanças climáticas e promover o desenvolvimento sustentável da região.
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