O Amazonas registrou 1.373 queimadas em apenas uma semana
O estado do Amazonas vem enfrentando uma crise ambiental alarmante nas últimas semanas. De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), foram registradas 1.373 queimadas em apenas uma semana. Essas estatísticas são referentes ao mês de setembro e já posicionam o estado como um dos líderes na ocorrência de incêndios no país.
O cenário atual das queimadas no Amazonas
De acordo com os registros do Inpe, somente no mês de setembro deste ano, o Amazonas acumula 6.597 focos de calor. Esses dados demonstram que este mês já é considerado o segundo pior registrado desde 1998, quando o Instituto começou a realizar esse monitoramento. O pior desempenho ocorreu no ano passado, quando o estado registrou 8 mil focos de calor.
A situação é tão grave que, em apenas um dia, o Amazonas registrou 429 focos de calor. Isso demonstra a rápida expansão do fogo na região e a gravidade da situação ambiental atual. No dia seguinte, a capital Manaus já amanheceu encoberta pela fumaça, com registro de 148 queimadas só nesse dia.
Para entender melhor a dimensão do problema, é possível analisar a quantidade de queimadas por dia ao longo da última semana:
- Quinta-feira (21): 106 queimadas
- Sexta-feira (22): 180 queimadas
- Sábado (23): 32 queimadas
- Domingo (24): 334 queimadas
- Segunda-feira (25): 144 queimadas
- Terça-feira (26): 429 queimadas
- Quarta-feira (27): 148 queimadas
Os principais municípios afetados no Amazonas
Dentre os dez municípios que registram maior quantidade de queimadas na Amazônia Legal durante o mês de setembro, quatro estão localizados no estado do Amazonas. O município de Lábrea, localizado no Sul do estado, lidera a lista com 808 ocorrências até o momento.
Outros municípios amazonenses presentes nessa lista são Novo Aripuanã, com 563 incêndios; Boca do Acre, com 546; e Humaitá, com 505 queimadas. Juntos, esses quatro municípios representam 36% do total de queimadas registradas no estado.
Impactos e medidas necessárias
As queimadas na Amazônia causam impactos significativos ao meio ambiente. Além da perda de biodiversidade e de habitats naturais, a fumaça liberada pelas queimadas pode gerar problemas respiratórios e agravar doenças respiratórias pré-existentes, como asma e bronquite. Além disso, as queimadas são também uma importante fonte de emissão de gases de efeito estufa, contribuindo para o aquecimento global.
Diante desse cenário, medidas efetivas de prevenção e combate às queimadas tornam-se imprescindíveis. Governos locais, ONGs e a comunidade devem se unir para coibir práticas irresponsáveis, promover educação ambiental e conscientização, bem como investir em programas de manejo sustentável e monitoramento contínuo da região.
Além disso, ações integradas entre os estados amazônicos, o governo federal e a comunidade internacional são fundamentais para a proteção dessa que é a maior floresta tropical do mundo, além de garantir a preservação da biodiversidade e a qualidade de vida das populações indígenas e tradicionais que dependem desse ecossistema único.
Conclusão
A quantidade de queimadas no Amazonas, especialmente em setembro deste ano, é alarmante e demanda ações rápidas e efetivas para conter o fogo e minimizar os impactos ambientais e de saúde pública.
É fundamental que todos os envolvidos assumam a responsabilidade de proteger essa rica biodiversidade e garantir a preservação do maior patrimônio natural do Brasil, a floresta Amazônica.
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